Existe um movimento silencioso acontecendo diante dos nossos olhos: a maneira como a Geração Z entende saúde, bem-estar e performance está reescrevendo o cenário do fitness. Se por muitos anos treinar foi associado apenas à estética ou ao “projeto verão”, a nova geração faz outra leitura. Para eles, bem-estar não é apenas um objetivo final; é um ponto de partida. É cultura, pertencimento e identidade.
Crescendo em um contexto de hiperconexão e ansiedade, esses jovens descobriram no corpo um ponto de ancoragem. Cuidar dele tornou-se uma ferramenta de sobrevivência para existir no mundo com mais clareza e autonomia.
O bem-estar como linguagem social
O treino deixou de ser apenas uma atividade física solitária e passou a ser uma forma de expressão e conexão. No Reino Unido, por exemplo, relatórios recentes indicam que o fitness já supera gastos com bares e restaurantes na prioridade de consumo de muitos jovens dessa geração (City AM, 2025).
Na rotina desse novo consumidor:
Alimentação saudável e suplementação são vistos como ferramentas de performance mental.
O “after” da balada cede espaço para recuperação, skincare e sono de qualidade.
A busca por performance virou um movimento cultural.
Por que esse movimento está acontecendo agora?
1. Consciência emocional como prioridade
Os jovens aprenderam cedo que corpo e mente são indissociáveis. Segundo a McKinsey (2024), a Geração Z é a primeira a citar a saúde mental como o principal motivo para se exercitar, superando a estética. Para lidar com o foco fragmentado e o cansaço mental, o exercício se tornou terapêutico. A frase “Eu treino para viver melhor, não para parecer melhor” nunca foi tão verdadeira.
2. O treino como espaço seguro (e híbrido)
Entre telas e notificações, o treino virou um dos poucos momentos de presença plena. Mas eles não desconectam totalmente: dados da Les Mills mostram que a maioria dos praticantes da Gen Z prefere uma abordagem “Omnifitness”, integrando treinos presenciais com suporte digital. Eles querem a tecnologia como aliada para mensurar progresso real e construir autonomia.
3. Performance sustentável: A nova forma de autocuidado
Esse talvez seja o ponto mais potente. Para essa geração, performance não é competir com o outro até a exaustão. É uma performance sustentável: ter mais energia para viver e criar. Eles buscam entender o próprio corpo, melhorar o movimento e garantir longevidade. Essa visão está completamente alinhada ao que o Instituto Mood defende: cuidar do corpo é o caminho para uma vida com mais qualidade e consciência.
O que isso significa para o futuro?
Não é apenas uma tendência passageira, é uma transição cultural. Estamos entrando em uma era onde:
• A saúde é protagonista;
• Academias viram espaços de comunidade;
• O wellness deixa de ser nicho e vira mainstream.
O Mood entende que essa geração foge de protocolos genéricos e é por isso que oferecemos profissionais que escutam, mensurações baseadas em dados (e não em achismos) e um olhar individualizado.
A Gen Z não quer só “treinar”. Ela quer entender, sentir e evoluir. E quem estiver preparado para entregar essa profundidade — com ciência e cuidado real — liderará o futuro do fitness. O futuro do bem-estar já começou, e ele acontece aqui dentro.
Referências e Fontes Consultadas:
McKinsey & Company (2024): The Trends Defining the Global Wellness Market.
https://www.mckinsey.com/industries/consumer-packaged-goods/our-insights/the-trends-defining-the-1-point-8-trillion-dollar-global-wellness-market-in-2024
Les Mills: Gen Z Fitness Report – Cracking the Code.
https://www.lesmills.com/clubs-and-facilities/research-insights/fitness-trends/landmark-report-lifts-the-lid-on-gen-z-fitness/
The Gym Group (2025): Gen Z Fitness Pulse Report (Mental Wellbeing vs. Aesthetics).https://www.thegymgroup.com/blog/gen-z-fitness-pulse-report-key-findings/
Athletech News: Gen Z Fitness Spending & Consumption Trends.
Gen Z Loves the Gym, Finds Report Spotlighting Young Fitness Consumers
Gen Z prioritise fitness spending over pubs and restaurants
