Na noite desta quinta-feira (04), o Instituto Mood sediou mais uma reunião do grupo de estudos em Medicina do Futebol. Com a presença de médicos, fisioterapeutas, fisiologistas e preparadores físicos de clubes da região, como Ponte Preta, Guarani, Red Bull, Desportivo Brasil, São Bento de Sorocaba, o encontro teve como tema central a lesão dos músculos isquiotibiais, a mais prevalente lesão em atletas de futebol profissional. Além de membros dos DMs de clubes, estiveram presentes membros dos Grupos de Medicina Esportiva da PUCC, Unicamp e IOT/FMUSP.
Dr. Carlos Dorileo, médico do Centro de Excelência da FIFA, membro do IOT, HC e FMUSP e do Instituto MOOD, apresentou dados sobre epidemiologia, diagnóstico e tratamento das lesões dos isquiotibiais. Atualizou a classificação das lesões, ressaltando a lesão grau zero, onde não há alteração tecidual, que pode ser classificada como dor funcional. Como método de diagnóstico, a ressonância nuclear magnética e a ultrassonografia foram propostos para serem utilizadas de modo combinado. E o protocolo POLICE de tratamento, com a introdução de carga otimizada de exercícios já na fase aguda.
Hedras Freitas, fisioterapeuta com vasta experiência e atuação em clubes como Red Bull e Bragantino, fez uma brilhante apresentação sobre os mecanismos de lesão, tratamento da fase aguda com o protocolo POLICE, eletroterapia e estratégias de prevenção.
Prof. Neri Caldeira, fisiologista do Desportivo Brasil, explicou detalhadamente a metodologia utilizada para controle de cargas de treinamento nas diferentes categorias, desde a base até o profissional. Com auxilio da tecnologia, como monitoramento por GPS, equipamentos de análise bioquímica no sangue e plataformas de força, dispõe de todos os dados individuais dos atletas para elaboração de cargas de treino e estratégias de prevenção e recovery.
Dr. Roberto Nishimura, coordenador da reunião, apresentou 2 casos clínicos que ilustraram o tema em debate. No primeiro caso, foi debatido com os presentes a conduta frente a um caso de dor muscular momentos antes de iniciar uma partida. A segurança do atleta em primeiro lugar, e performance físico-tecnica foram fatores considerados para o veto à participação desse atleta na partida em questão.
No segundo caso clinico, um atleta apresentou vários episódios de lesão nos músculos isquiotibiais da mesma perna em um curto espaço de tempo. O fatores de risco prévios, condutas em casos de recidiva de lesão, utilização de terapia celular, exames de imagem e controles de carga de treino foram alguns dos itens debatidos.
O Grupo de Estudos em Medicina do Futebol foi idealizado e é coordenado pelo Dr. Roberto Nishimura, atualmente coordenador do Departamento Médico da AA Ponte Preta. A promoção do encontro é de responsabilidade do Instituto Mood.